segunda-feira, 16 de maio de 2011

Estratégias… que façam pensar

Os grupos, seja na catequese, ou na escola, passam por momentos de tensão, rivalidade, situações problemáticas. A reacção, mais frequente, da catequista, ou do professor, conforme o caso, é passar logo à repressão, com um longo sermão moralista e o castigo correspondente. Este é o caminho mais fácil, mas talvez o menos produtivo.

A solução poderá passar por encontrar estratégias que façam pensar, de uma forma crítica, sobre as situações em causa. Se o grupo chegar às soluções sozinho, com a orientação do formador, então, essas lições são fortes,  perduram e transformam a realidade.

Diz Paulo Freire, grande pedagogo, que a pessoa  que é “enchido” por outra de conteúdos, lições, cuja inteligência não percebe, e de conteúdos que contradizem a forma própria de estar no seu mundo, sem que seja “desafiado”, não aprende. Aprende-se melhor na problematização crítica das situações complicadas.

Não há remédios absolutos e defnitivos para todos os males. Existem é estratégias capazes de ajudar a minimizá-los. Ouçamos, e ajudemos a reflectir, de uma forma crítica. Não acusemos, logo à partida. Utilizemos a arma da compreensão e do diálogo, intenso, coerente, lúcido, aberto e crítico, capaz de fazer pensar. Não esperemos uma resposta coerente, de imediato.  Muitas vezes, os resultados aparecem posteriormente, em situações concretas. Talvez não precisemos convencer ninguém. No silêncio da consciência, a voz interior fala mais alto. Sem confrontos, sem sermos acusados, torna-se mais fácil a correcção. Acho eu!! Da vossa experiência, que vos parece?..

Pe José Carlos de Azevedo e Sá.
Pároco das paróquias Sequeirô e Lama, Santo Tirso, Diocese de Braga

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