sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um lugar chamado... Catequizando

No começo de nossa caminhada catequética nos deparamos com inúmeros questionamentos. Somos pequenos aprendizes, caminhando nesse lindo projeto evangelizador que Deus confiou a cada um. São os planejamentos anuais, os métodos de encontro, celebrações, etc. Contudo, devemos estar cientes de que existe uma peça fundamental nesse contexto em que Jesus é o protagonista: o catequizando.

Somos catequistas de realidades diversas. De casas simples no campo a prédios luxuosos nas grandes cidades. Nossos grupos de catequese são formados por crianças, jovens e adultos que mesmo em contexto coletivo, estão isolados em seus mundos. Alguns questionamentos atravessam muitos catequistas: nossa maneira de evangelizar atinge a cada indivíduo? Como eles chegam ao encontro? E como saem depois?

Antes de se preocupar com a elaboração do encontro, o catequista deve lembrar sempre do grupo a quem vai se falar. Para muitos esta não é nenhuma novidade. Porém os catequistas já se perguntaram, por exemplo, se existe algum analfabeto no grupo. Caso exista, é preciso trabalhar de uma forma que não se utilize leituras longas e que nem o exponha a sua sensibilidade.

Tomando como base o exemplo acima, nos perguntamos por que o nosso catequizando está nessa situação. Serão as condições financeiras? Nunca teve incentivo de ir à escola?  Daí surge a importância de se preocupar com cada um. Aquele mais tímido será só personalidade? O bagunceiro não está tentando chamar sua atenção por algum motivo? Devemos como catequistas conhecer cada um dos nossos catequizandos, saber sua realidade, sua família, enfim, o mundo que o cerca.

Lembremos de Jesus e Zaquel. “Desça depressa, porque hoje preciso ficar em sua casa” (Lc 19,5). Cristo foi ao encontro, entrou na casa, foi conhecer. Mesmo diante da crítica dos outros: “Ele foi se hospedar na cada de um pecador!” (Lc 19,7).

Temos que seguir o Mestre. Fazer uma catequese que vá além dos muros das igrejas e que chega a cada pessoa. Conhecer seus sonhos, seus medos e com isso ajudá-la no caminho à salvação.
 
Por Marcos Filipe Sousa
Formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo
Pela Universidade Federal de Alagoas e membro da Coordenação Arquidiocesana de Catequese de Maceió

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