quinta-feira, 30 de junho de 2011

Encontro de Coordenadores Diocesanos de Catequese do Regional Nordeste II

Deu-se início hoje, o Encontro de Coordenadores Diocesanos de Catequese do Regional Nordeste II, na cidade de Pesqueira-PE, com representantes dos quatro estados (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) que compõe esse regional, com o tema RICA - ESPAÇO PRIVILEGIADO PARA CATEQUESE, tendo como assessor o Pe Luiz Eduardo P. Baronto, padre salesiano, mestre em educação pela Universidade Federal de Pernambuco, professor de Liturgia no Instituto Pio XI (São Paulo), no Instituto Franciscano de Teologia (Olinda) e do Curso de Especialização em Liturgia da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (São Paulo), membro da Rede Celebra e da Equipe Nacional de Liturgia e Música da CNBB.


Todos os participantes foram acolhidos na capela do seminário São José, onde houve a celebração eucarística, presidida por Dom Mariano Manzana, bispo da diocese de Mossoró e responsável pela catequese no Regional NE II e concelebrada por padres que participam desse encontro.

sábado, 25 de junho de 2011

Diocese de Cajazeiras - Confraternização Junina dos Catequistas


A Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios em Sousa realizou no último sábado dia 18, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, uma confraternização junina com todos os catequistas que servem na paróquia tanto os da zona urbana como os da rural. O encontro teve início com um momento de espiritualidade, logo após uma pequena explanação em forma de teatro acerca dos Santos Populares que celebramos no mês de junho a saber: Santo Antônio, São João e São Pedro; em seguida  uma descontraída quadrilha improvisada com sorteios de brindes. 

A Equipe Paroquial de Catequese composta por Irmã Auderice, Ana Maria Mendes, Edésio Moreira e assessorada pelo seminarista estagiário José Wandemberg, todos os meses reune-se com os catequistas para formação, espiritualidade, avaliação e planejamento de todas as modalidades de catequese que existem na paróquia (Pré-Catequese, Primeira Eucaristia, Perseverança e Crisma de Jovens). A experiência está sendo muito importante, pois o obejtivo é criar uma unidade entre todos os catequistas para que possam conhecer mais as razões de ser da fé cristã católica e assim dedicarem-se, comprometidamente, a esta missão que lhes foi confiada por Deus.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Catequese e Comunicação Social

Após um longo tempo revendo alguns pontos mais críticos na catequese arquidiocesana de Maceió, retorno a escrever temáticas que com a colaboração de vocês, podem ser enriquecidas. As questões aqui abordada serão aquelas mais sentidas e nossa realidade, podendo servir tanto de iluminação para outras realidades do Brasil, como para a catequese em outros países que nos acompanham e fazem seu comentários e críticas, que são bem vindas.

Celebramos no dia 5 de junho o dia Mundial da Comunicação Social e alguém pode até perguntar: o que tem haver catequese com comunicação?  Nós bem sabemos que a catequese nós conduz a uma compreensão maior da fé cristã. As vezes, entre nós catequistas, existe uma “linguagem comum” e falamos como que a sociedade pensasse como nós, mas na verdade nem sempre a intenção que temos, é aquela interpretada por quem nos escutam ou lêem os nossos artigos.  Nós precisamos investir mais na linguagem na TV, na rádio e na internet, pois está além daquela que utilizamos nos oratório ou sala de catequese. A catequese sacramental se realiza por natureza na paróquia, enquanto uma comunidade de fé, mas a permanente se promove em todo lugar que necessita aprofundar a imagem de Deus e os meios de comunicação são espaço privilegiado para esta ação. 

Ide e anunciai a Boa Nova a todos os povos, essa foi a ordem que Jesus Cristo nos deu, ante de subir a “direita do Pai”. Não podemos ficar parados, olhando para as nuvens, pois existe um mundo diante de nós que precisa ser evangelizado. Evangelizar não significa “impor” Jesus Cristo as pessoas que nós não conhecemos, mas ajudar as pessoas a conhecê-lo melhor. Esse conhecimento para ser profundo não se limita  as teorias mas em realizar a vontade de Deus, visível e clara na pessoa do Filho, na acolhida do Espírito Santo condutor da plena verdade.
Parabenizo a todo os(as) catequistas que se esforçam para realizar a catequese no interior de cada igreja, mas também através dos meios de comunicação que temos a oportunidade de realizar. 

Pe. Márcio Roberto dos Santos
Mestre em Catequese pela Universidade Pontifícia Salesiana - Roma
Coordenador da Comissão Arquidiocesana de Catequese de Maceió-AL

A Eucaristia, comunhão com o senhor

Ao cair desta tarde, com a oração das primeiras vésperas, a Mãe Igreja iniciou a celebração da Solenidade de Corpus Christi, festa da Eucaristia, proclamação da presença real do Cristo morto e ressuscitado no pão e no vinho consagrados. Tendo em mente o mistério eucarístico, São Paulo pergunta: “O cálice de bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo?” (1Cor 10,16) Tais afirmações, em forma de perguntas e, à primeira vista, tão simples, têm uma força e significação enormes.


Na Escritura Sagrada, o “sangue” não é simplesmente uma realidade material, o líquido vermelho que circula em nossas artérias, mas sobretudo a vida e, muitas vezes, a vida tirada violentamente. Dar o sangue quer dizer dar a vida, vida sofrida, violentada, arrancada de modo cruel. “Sangue de Cristo” significa, portanto, a vida de Jesus dada em sacrifício, tirada de modo violento; a vida que ele deu por nós. “Corpo”, por sua vez, não significa primeiramente os músculos humanos, mas sim o homem todo, a pessoa toda, na sua situação de criatura limitada, frágil, mortal. Assim, “corpo de Cristo” exprime a natureza humana que o Filho de Deus assumiu por nós de Maria, a Virgem: “O Verbo se fez carne” (Jo 1,14), quer, então, dizer, fez-se homem, fez-se realmente humano, com um corpo humano e uma alma humana, com inteligência, vontade, consciência, afeto, sentimentos e liberdade humanos. Então, dar o corpo significa dar-se todo, dar toda sua vida humana: seus sonhos, cansaços, desilusões, sofrimentos... Dar tudo quanto a pessoa é! Foi assim que Jesus se nos deu: em todo o seu ser, sem reservas; doou-nos sua vida e sua morte!

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Dom Henrique Soares da Costa
Bispo Titular de Acúfida e Auxiliar de Aracajú-SE
Fonte: http://www.domhenrique.com.br/

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ausência e Permanência


Dom Genival Saraiva de França
Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2),

Na vida das pessoas, não se pode falar de ausência e permanência, ao mesmo tempo. Sair de um lugar e nele permanecer é algo que contraria o senso comum e as ciências físicas, naturais e sociais. Com efeito, todos sabem disso pelas leis da física e pela constatação pessoal. Por sua natureza humana, o próprio Jesus experimentou os limites que são próprios da condição humana e, por isso, buscou soluções para problemas que ainda hoje qualquer pessoa continua procurando, por serem obstáculos comuns a todos, independentemente de tempo, lugar, cultura, etc. Por isso, sentiu fome, sede, cansaço, angústia, necessitou peregrinar pela Palestina, no cumprimento de sua missão, não fazia uso da bilocação, porque isso não faz parte da condição normal das pessoas; assim, caminhando, foi à casa de Marta e Maria, ao saber da morte de Lázaro. Por sua natureza divina, o Filho de Deus é onipresente, eterno, imutável. Após a sua Ressurreição, Jesus não está mais sujeito às limitações humanas e, dessa maneira, aparece aos apóstolos, discípulos e discípulas, em situações e circunstâncias impensáveis, anteriormente, como entrar numa casa, estando “fechadas as portas”, como escrevem os evangelistas. (cf. Jo 20, 19-23.26-31)


domingo, 12 de junho de 2011

As festas juninas

A festa junina que celebramos hoje em dia é herança de séculos passados.  Ela foi originada na cultura dos agricultores que celebravam anualmente com comida e danças a colheita dos produtos plantados. Associou-se a esse costume influencias da cultura religiosa e luso-europeia. Os santos católicos foram associados à festa junina devido a sua popularidade e sua data litúrgica ser celebrada no decorrer desta festa. Inclusive, o nome “junino” advém do nome de “Juno” um dos deuses pagãos e que dele deriva o nome do sexto mês em nosso calendário, como todos os outros meses.

Associada então a festa junina a festa litúrgica e mais alguns elementos culturais europeus completa-se o que denominamos de “Festa Junina”. Tudo isso aconteceu de modo natural e no longo processo de enculturação quando a sociedade ainda era predominantemente rural. Não sabemos exatamente como tudo isso aconteceu e o fenômeno é complexo, de modo que, ele varia de região para região, e tem em cada lugar rosto e características próprias.

O que temos hoje é um emaranhado de culturas configuradas numa só: folclore, costumes, danças, comidas, formas de falar, de vestir, de se expressar. Por trás de tudo isso, uma religiosidade própria dá consistência e que extrapola até mesmo os limites da religião e da liturgia estabelecida, tendo sua própria regra de celebração, simbolismo e compreensão do sagrado.

A festa junina hoje é uma expressão popular de uma cultura anterior e que enfrenta e abre leque para muitos desafios no mundo moderno. Mediante a cultura do fragmentando, do obsoleto, do economicamente rentável, das relações interpessoais efêmeras, da musica com conteúdos vazios e com linguagem e roupagem nova, ela é uma resistente e politicamente manipulável perante a população.

Mas, diante de tudo isso, ainda sim, é uma cultura popular que consegue aglutinar em torno de si multidões e celebrar a fraternidade, a amizade, os sentimentos de família, de reciprocidade e alegria da vizinhança (graças ao seu caráter comunitário), de fomentar nostalgia, de reciclar sonhos, de questionar posturas, de fincar raízes e não esquecer as raízes de onde viemos: o chão rural. Por tudo isso, a festa junina é uma grande profecia popular e se presta às novas reinvindicações sempre velhas da geração atual.

Então, vamos festejar, e aqui, façamos uma reflexão do significado de sua simbologia mais rudimentar.

Comidas – são típicas do mundo rural: pamonha, canjica, cuscuz de milho original, etc; Elas são a alegria e o principal ingrediente originado da colheita do milho;

Fogueira – fogo com galhos de madeira. Em torno dela se faz folia, compromissos (compadre/comadre) e juras de amor. Porém segundo a tradição (que não é a Tradição oficial) serviu de aviso entre Isabel e Maria quando do nascimento do menino João Batista;

Quadrilha – essa palavra é derivada do francês – quadrille – e se origina do italiano – squadro – que por sua vez significava a companhia de soldados dispostos em quadrado. Na festa junina ela é então uma forma de organizar a dança comunitária de um grupo, como também é o próprio ato de dançar em si.  Dessa maneira não se distingue o ato de dançar e organizar o grupo, tudo é uma coisa só. Essa dança então segue todo um ritual próprio com gestos faceiro e galante;

Balões e bandeirinhas – são usados como enfeite e são símbolos da leveza, de alegria e da fraternidade além fronteira. Eles dão um colorido especial a festa;

Bacamarteiros/Bacamarte – é uma presença alegórica e folclórica. Diverte o povo por sua bravura e coragem promovendo barulho com sua arma/artilharia. Bacamarte é uma arma de fogo também conhecida por riuna, principalmente, no Nordeste brasileiro. Elas foram usadas na Guerra do Paraguai, em 1865. Desde os fins do século XIX, grupos de bacamarteiros se exibem em nossa cidade aqui, em Caruaru,  durante as festas juninas;

Santo Antônio – é doutor da Igreja. Nasceu na cidade de Lisboa em Portugal no ano de 1195. Seu nome próprio é Fernando de Bulhoes y Taveira de Azevedo. Ele foi padre e depois foi da ordem de são Francisco, onde trocou de nome. Foi grande pregador do século XIII. Sua popularidade chegou ao Brasil através do portugueses e dos franciscanos. Hoje, há muitas histórias misturadas com lendas pitorescas.

São Pedro – discípulo de Jesus, é considerado pela Igreja o primeiro papa. Morreu mártir em Roma pregado numa cruz de cabeça para baixo. Pedro era natural de Betsaida na Galileia próximo as margens do mar de mesmo nome. Ele e André são filhos de Jonas. Eram pescadores e possuíam uma pequena frota de barcos.

São João Batista – Filho de Isabel e Zacarias foi preso, cortado a cabeça e morto pelo rei Herodes. Profeta natural da Judéia, é primo de Jesus. Sua missão foi preparar o povo para o Messias que estava chegando: Jesus de Nazaré.

Ao celebrarmos os festejos juninos, tenhamos em mente que fé e cultura estão de braços dados fazendo a alegria do povo. Prestemos atenção na configuração da festa e vejamos também como a politica, a ecologia, a economia, o lazer, a moral, os costumes e as perspectivas aí se encontram. Que possamos juntos nos divertir, saborear bons pratos, vivenciar a espiritualidade interiorana do povo do campo mesclado com a cidade e, buscar em meio a tudo isso, forças para enfrentar o cotidiano da vida diária nos momentos posteriores a grande festa cultural do povo nordestino.

Bento XVI: "Pentecostes foi o batismo da Igreja"

O Papa Bento XVI rezou ao meio-dia deste domingo a oração mariana do Regina Coeli com milhares de peregrinos reunidos na Praça São Pedro. O papa recordou que a Solenidade de Pentecostes, celebra hoje, conclui o tempo litúrgico da Páscoa. “Foi o batismo da Igreja, o batismo no Espírito Santo”, disse Bento XVI.

“A voz de Deus diviniza a linguagem humana dos Apóstolos, que se tornam capazes de proclamar de modo 'polifônico' o único Verbo divino. O sopro do Espírito Santo enche o universo, gera a fé, arrasta a verdade, estabelece a unidade entre os povos”, disse o papa, lembrando a narração de Pentecostes pelos Atos dos Apóstolos.

“O Espírito Santo, ‘que é Senhor, e dá a vida’ - como dizemos no Credo – procede do Pai e do Filho e completa a revelação da Santíssima Trindade. Provém de Deus como o sopro da sua boca e tem o poder de santificar, abolir as divisões, dissolver a confusão causada pelo pecado. Ele, imaterial e incorpóreo, concede os bens divinos, sustenta os seres vivos, para que atuem em conformidade ao bem. Como luz inteligível dá sentido à oração. Dá vigor à missão evangelizadora, faz arder os corações daqueles que ouvem a boa notícia, inspira a arte cristã e a melodia litúrgica”, acrescentou Bento XVI.

O papa afirmou que o Espírito Santo, “que gera a fé em nós no momento do nosso batismo, nos permite viver como filhos de Deus, conscientes e dispostos, segundo a imagem do Filho Unigênito”.
Antes de concluir a oração mariana do Regina Coeli, Bento XVI saudou os peregrinos presentes na Praça São Pedro em várias línguas. Ele recordou que no próximo dia 14 será celebrado o Dia Mundial dos Doadores de Sangue e dirigiu uma saudação a todos os doadores de sangue, convidando os jovens a seguir o seu exemplo.

Antes da oração mariana, Bento XVI rezou a missa de Pentecostes. Clique aqui e leia, a homilia do papa

terça-feira, 7 de junho de 2011

A valorização dos dons na Catequese

 Não podemos negar que vivemos em uma era de “muitas eras”: da Comunicação, da Tecnologia, do Desenvolvimento. Entre essas características, chamamos a atenção para uma sociedade que também é Plural. Esta traz consigo a diversidade de qualidades (dons) que cada indivíduo possui e a sua valorização perante a coletividade.

Nas nossas turmas de catequese conseguimos enxergar os dons escondidos que existem? Para isso o catequista deve ser observador. No planejamento dos conteúdos devemos colocar, quando necessário, atividades lúdicas que envolvam artes e atividades, despertando nos catequizandos talentos que muitas vezes eles desconhecem.

A dramatização de um trecho bíblico pode originar no futuro um grupo de teatro para a catequese. Colocar músicas, cânticos litúrgicos e salmos ajudam na  formação de um possível coral. Incentivar a reflexão coletiva de assuntos e da bíblia ou orações espotâneas no grupo, pode gerar a vocação de futuros catequistas, sacerdotes e religiosos (as).

O catequista deve seguir passos lentos e que desperte aos poucos esses valores. Não podemos causar pressão sobre a turma. Lembremos o que aconteceu com Mateus: “Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: 'Siga-me!' Ele se levantou e seguiu Jesus.” (Mt 9,9). Jesus chama o apóstolo de forma simples e sem exigências. E ele o segue. Igualmente devemos fazer com as nossas turmas. Exigir perfeição e resultados rápidos frustra e decepciona.

Trabalhar os dons nas nossas turmas é despertar vocações e mais serviços para as comunidades. Fazendo com que nossos catequizandos se sintam úteis na construção do Reino e façam parte da grande família que é a Igreja.

Por Marcos Filipe Sousa
Formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e membro da Coordenação Arquidiocesana de Catequese de Maceió
                         
                                              

domingo, 5 de junho de 2011

Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações

A Igreja celebra neste domingo, 5, o Dia Mundial das Comunicações (DMC). Criado a partir de uma determinação do Decreto Inter Mirifica, documento do Concílio Vaticano II, o 1º DMC foi celebrado em 1967. “Com esta iniciativa, proposta pelo Concílio Vaticano II, a Igreja, que "se sente intimamente solidária com o gênero humano e com a sua história", quer chamar a atenção dos seus filhos e de todos os homens de boa vontade para o vasto e complexo fenômeno dos modernos meios de comunicação social, como a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão, que são uma das notas mais características da civilização moderna”, disse o papa Paulo VI na primeira mensagem sobre o DMC.

O Vaticano II, no parágrafo 18 do Inter Mirifica, deixa claros os objetivos do DMC. “Para que se revigore o apostolado da Igreja em relação com os meios de comunicação social, deve celebrar-se em cada ano em todas as dioceses do mundo, a juízo do Bispo, um dia em que os fiéis sejam doutrinados a respeito das suas obrigações nesta matéria, convidados a orar por esta causa e a dar uma esmola para este fim, a qual ser destinada a sustentar e a fomentar, segundo as necessidades do orbe católico, as instituições e as iniciativas promovidas pela Igreja nesta matéria”.

O tema do DMC deste ano, definido pelo papa Bento XVI, é “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital”. Em todo o país, as dioceses realizam várias atividades para lembrar a data. O Setor de Comunicação Social da CNBB produziu um subsídio que traz sugestão de celebração para comemorar o DMC.

Leia abaixo a íntegra da mensagem do papa para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais e as sugestões para sua celebração nas comunidades.

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HOMILIA

Domingo da Ascensão do Senhor


Os textos litúrgicos dos últimos dias nos colocaram diante da despedida de Jesus. O Evangelho de João nos traz as palavras que deixam claro aos discípulos que vai haver um tempo de ausência do Senhor, e depois um retorno. Ele vai, mas volta. Ele irá, mas não nos deixa órfãos.

A Ascensão do Senhor é um marco de uma nova maneira do Senhor estar presente. O Evangelho de Mateus afirma que Cristo estará conosco “todos os dias, até o fim do mundo”. Não temos a experiência do Jesus histórico, mas a certeza de sua presença pelo Espírito, sua presença pelos muitos sinais que o Senhor nos deixou. Trata-se de um convite à confiança: a Igreja é convidada a confiar que o Senhor não nos abandona, que Ele segue ao nosso lado. Por vezes, parece se ausentar. Então vivemos a noite escura, a dor, a solidão, a desolação. Foi esta a experiência dos discípulos na cruz.

Mas foi apenas um “pouco tempo” como Ele havia previsto. O tempo da ausência foi a ante-sala do tempo de uma presença plena, ressuscitada. Uma presença que antecipa o que virá - a plenitude da vida na eternidade. Pode acontecer que este “pouco tempo” seja um “longo tempo”. Não convém quantificar os dias, meses ou anos. Convém, sim, acreditar que já vivemos um novo tempo: o tempo da graça, do kairós, da plenitude do Reino que é gestada.

É preciso que saibamos viver as aparentes ausências do Senhor. Nisto reside nossa confiança em Deus. Crer nele na consolação é fácil, difícil é crer que Ele não nos desampara nos momentos mais difíceis, quando sua presença é oculta, manifesta em sinais tímidos. A Igreja é convidada a anunciar e a evidenciar a presença do Cristo. Deus parece estar ausente em meio a descrença e a falta de humanidade do mundo. Não podemos esconder a Deus, mas manifestá-lo mundo. Para isso, é preciso a coragem do anúncio e o testemunho alegre da Boa Nova. Ninguém tem o direito de mascarar ou tentar esconder a presença de Deus.

 Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu?” A pergunta dos anjos é uma resposta provocativa à atitude dos discípulos, mas nela se esconde uma incompreensão dos sentimentos humanos: nós precisamos olhar para o Céu, mesmo que os anjos digam que não temos este direito. Jesus foi pro Céu e nos quer no Céu. A nós que ficamos cabe experimentar o Céu aqui. Olhar para o Céu nos faz reanimar a esperança e não se apegar tanto a este mundo: “Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibas qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos...” (Ef 1,18). A esperança do Céu nos inspira a vivermos a vida de um modo novo, enquanto aguardamos a vida futura.

O Céu não é tanto um lugar para onde se vai, mas uma realidade construída aqui ao longo da história. Nós fazemos o Reino acontecer pela graça de Deus até que Ele venha e leve tudo à consumação. O cristão não pode ficar de “braços cruzados”, olhando para o céu, mas deve ser comprometido com a causa do Reino. A benção que Jesus dá ao subir ao céu é uma benção de envio: “Ide ao mundo inteiro... Ensinai, batizai...” É como no final da missa: recebemos a missio, ou seja, a missão de ir, de fazer acontecer o Reino onde estamos inseridos. É nossa missão fazer o Céu acontecer aqui e agora.

Pe. Roberto Nentwig
Arquidiocese de Curitiba - PR