Não podemos negar que vivemos em uma era de “muitas eras”: da Comunicação, da Tecnologia, do Desenvolvimento. Entre essas características, chamamos a atenção para uma sociedade que também é Plural. Esta traz consigo a diversidade de qualidades (dons) que cada indivíduo possui e a sua valorização perante a coletividade.
Nas nossas turmas de catequese conseguimos enxergar os dons escondidos que existem? Para isso o catequista deve ser observador. No planejamento dos conteúdos devemos colocar, quando necessário, atividades lúdicas que envolvam artes e atividades, despertando nos catequizandos talentos que muitas vezes eles desconhecem.
A dramatização de um trecho bíblico pode originar no futuro um grupo de teatro para a catequese. Colocar músicas, cânticos litúrgicos e salmos ajudam na formação de um possível coral. Incentivar a reflexão coletiva de assuntos e da bíblia ou orações espotâneas no grupo, pode gerar a vocação de futuros catequistas, sacerdotes e religiosos (as).
O catequista deve seguir passos lentos e que desperte aos poucos esses valores. Não podemos causar pressão sobre a turma. Lembremos o que aconteceu com Mateus: “Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: 'Siga-me!' Ele se levantou e seguiu Jesus.” (Mt 9,9). Jesus chama o apóstolo de forma simples e sem exigências. E ele o segue. Igualmente devemos fazer com as nossas turmas. Exigir perfeição e resultados rápidos frustra e decepciona.
Trabalhar os dons nas nossas turmas é despertar vocações e mais serviços para as comunidades. Fazendo com que nossos catequizandos se sintam úteis na construção do Reino e façam parte da grande família que é a Igreja.
Por Marcos Filipe Sousa
Formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e membro da Coordenação Arquidiocesana de Catequese de Maceió
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