Dom Genival Saraiva de França Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), |
Na vida das pessoas, não se pode falar de ausência e permanência, ao mesmo tempo. Sair de um lugar e nele permanecer é algo que contraria o senso comum e as ciências físicas, naturais e sociais. Com efeito, todos sabem disso pelas leis da física e pela constatação pessoal. Por sua natureza humana, o próprio Jesus experimentou os limites que são próprios da condição humana e, por isso, buscou soluções para problemas que ainda hoje qualquer pessoa continua procurando, por serem obstáculos comuns a todos, independentemente de tempo, lugar, cultura, etc. Por isso, sentiu fome, sede, cansaço, angústia, necessitou peregrinar pela Palestina, no cumprimento de sua missão, não fazia uso da bilocação, porque isso não faz parte da condição normal das pessoas; assim, caminhando, foi à casa de Marta e Maria, ao saber da morte de Lázaro. Por sua natureza divina, o Filho de Deus é onipresente, eterno, imutável. Após a sua Ressurreição, Jesus não está mais sujeito às limitações humanas e, dessa maneira, aparece aos apóstolos, discípulos e discípulas, em situações e circunstâncias impensáveis, anteriormente, como entrar numa casa, estando “fechadas as portas”, como escrevem os evangelistas. (cf. Jo 20, 19-23.26-31)
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